Hoje tá me batendo uma saudade imensa da mamãe... talvez seja porque está chegando o dia de viajarmos pro sul numa tentativa de fugir da tristeza de passar o aniversário do papai sem ela!
Não sei, mas tomara que os ares do sul nos distraiam... Mas sinto que, aos poucos, estamos todos aprendendo a conviver com esse espaço vazio que ela deixou!
É tão estranho pensar que a nossa sociedade, tão moderna e evoluída, até hoje não sabe bem como lidar com a morte. Será que é só uma questão cultural, ou é uma questão de fé? Será que a morte significa mesmo o fim da linha? Ou será um recomeço como os espíritas, budistas, etc. acreditam?
Eu prefiro acreditar que é um recomeço... e acreditando nisso, fica mais fácil encarar a situação. Porque pra mim, ela está viva e a morte não representa o fim, mas apenas uma breve despedida... em algum momento nós estaremos juntas de novo!
Mas é claro que, mesmo assim, a saudade quando vem, dói no peito. Principalmente, quando vem aquela vontade louca de abraçá-la, beijá-la, enfim senti-la fisicamente. E parece que pelo simples fato de sabermos que isso é impossível, aí que a vontade aumenta...
Então, a minha vida, e acredito que a de todos os que perdem alguém muito querido, virou um exercício diário... todos os dias tenho que controlar minhas emoções, a tristeza e a saudade. E constantemente me lembrar que, na verdade, eu fui presenteada em tê-la na minha vida e que o seu descanso foi justo e merecido.
Esse exercício ajuda muito, pois assim afasta sentimentos terríveis como o da auto-piedade, que de nada contribuem e só servem para aumentar o nosso sofrimento e também o daqueles partiram!
Pra quem tem fé na perpetuação da vida após a morte, deve se lembrar que a trajetória da alma e o seu desenvolvimento depende muito também dos que aqui permaneceram... nós que ficamos, temos o dever para com aqueles que partiram de cultivar o desapego e permitir que seu espírito se liberte. E isso nós fazemos aravés de orações e também reaprendendo a seguir o nosso caminho.
Nós nascemos sozinhos e morreremos da mesma forma. Não podemos responsabilizar ninguém por nossas alegrias ou tristezas... nem os que aqui estão e menos ainda aqueles que se foram!
Claro que isso tudo é muito difícil. É por isso devemos fazer um exercício diário, para nos lembrarmos que nós temos o livre arbítrio e o total controle das nossas vidas... então que procuremos escolher sempre o melhor!
Querida, espero que a viagem p/ o sul tenha sido boa e ajudado a espairecer um pouco e a construir cada vez mais o recomeço de vcs. Saudades! Fê Werneck
ResponderExcluirQue lindas lembranças e palavras... fiquei super emocionada e lê-las e também porque não sabia que sua mãezinha tinha desencarnado.
ResponderExcluirQue o vazio que dizes se preencha com todo o amor que todos tem por ela e que ela também tem.
Lindas suas fotos também do registros da rua.
Grata pela poesia visual e das palavras.
beijo grande
Rê
luz!
Eu sei bem o que é isso, Nat! Tomara que a viagem faça bem a vocês. A dor nunca passa, mas a gente aprende a viver com ela. E olha, eu tenho CERTEZA de que foi apenas uma breve despedida. Bjo grande!
ResponderExcluirNossa! Lindo texto! Lindo e forte!
ResponderExcluirEu perdi minha mãe a 3 anos, e é bem como você diz: Um exercicio diário. Hoje eu consigo controlara falta que eu sinto. Eu sempre falo dela, cito coisas que ela falava... E parece que isso a aproxima mais de mim. E eu tenho certeza, e espero que você tenha, que a morte não é um "adeus", é apenas um "até logo".
Grande beijo!